quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Treinamento para iniciante

       Consideramos como iniciantes todos aqueles indivíduos, que não possuem nenhuma experiência com trabalhos contra resistência. Podemos também classificar como iniciantes, aqueles alunos que estão sedentários, mesmo os que já fizeram musculação anteriormente.


       Esta situação acima relatada, torna-se de importância crucial para o desenvolvimento mais seguro do treinamento em sua forma coerente. Para que haja uma evolução segura individual, deve-se garantir, por meio de uma aplicação racional, os princípios específicos do treinamento desportivo e estes são: o volume e a intensidade.

       Volume do treinamento, relaciona-se ao número de sessões de treinos por dia, por semana, por mês e excepcionalmente por ano. O total de grupos por exercícios (passagens em cada aparelho), o número de repetições por aparelhos e o número de exercícios da seqüência (série de exercícios) também são exemplos do conceito de volume de treinamento.
        A intensidade do treinamento é traduzida comumente como o percentual de cargas ou pesos utilizados em cada sessão de treino (força de treinamento).

       Antes do inicio de qualquer atividade, principalmente para iniciante, temos que fazer uso das medidas e avaliações ou mesmo de uma anamnese simples com perguntas diretas e objetivas por parte do profissional de educação física, e respostas honestas por parte do futuro praticante.



       Na prática, deve-se criar condições organizacionais no treino e preparar o organismo para que o mesmo, seja treinado de maneira gradativa, controlada ou periodizada. Almejamos sempre um mínimo de agressão aos sistemas orgânicos. A dor muscular tardia, o desconforto sobre as articulações e tendões, deve ser a menor possível, assim como transitória.

       A organização para o controle sobre os treinos diários, é a peça chave, para que haja o desenvolvimento de uma conduta de coerência fisiológica, durante e após a aplicação dos métodos e formas de treinamento. As mesmas só serão bem aproveitadas e desenvolvidas se forem galgadas sobre o alicerce da ciência e do bom senso.

       O treinamento é dividido em fases ou períodos definidos previamente como: básico, adaptativo, específico e de transição. Uma subdivisão lógica é por meio de microciclos, mesociclos e macrociclos.



Períodos de treinamento em musculação e seus objetivos:

Período básico - 4 a 8 semanas - Introdução aos trabalhos com sobrecargas, aprendizagem motora dos gestos e técnicas nos exercícios e aparelhos. Dar ênfase ao ensino e aprendizagem do aquecimento. Prioridade ao volume de treinamento sobre a intensidade (16 a 20 ou 21 a 30 repetições ).Tomadas das cargas ou pesos entre 3 a 5 aulas. Não realizar em hipótese alguma o teste de carga máxima. Utilizar prioritariamente o teste de ensaio e erro ou o teste de carga por repetições máximas. Veja em: Chiesa, L. C. Musculação aplicações práticas: técnicas de uso das formas e métodos de treinamento. Rio de Janeiro: Editora Shape, 2002.

Período adaptativo 01 - 4 a 8 semanas - Visa o treinamento para a melhoria de valências físicas adaptativas tais como: a endurance cardiovascular respiratória e a resistência de força muscular localizada). Com os alunos que já passaram pelos períodos básico e adaptativo 01, e que nunca haviam realizado treinamentos contra resistência, pode-se criar, caso o professor acredite ser de mais fácil controle, um período adaptativo 02. Este período é utilizado na introdução aos treinamentos específicos de força, de velocidade ou de resistência, durante apenas as 04 primeiras semanas dos treinos.



Período específico - 4 a 12 semanas- Treinamento direcionado ao desenvolvimento de qualidades físicas específicas objetivadas pelos alunos ou necessárias ao desenvolvimento esportivo como: a força, a velocidade e a resistência de força muscular localizada.
Período readaptativo - 1 a 4 semanas- Os trabalhos neste período são direcionados ao recondicionamento físico dos alunos que ausentaram-se dos treinamentos durante um período entre 15 a 30 dias. As cargas reintrodutórias giram em torno de 40 a 49% ou 50 a 59% da força máxima individual, respectivamente de 21 a 30 ou 16 a 20 repetições.

Observação: No caso de períodos de afastamento entre 7 a 10 dias, as cargas readaptativas não devem variar. Faz-se apenas modificações no volume do treino, ou seja: deve-se reduzir o numero de grupos por série, com a respectiva manutenção na série do numero de exercícios, das cargas e repetições. Os intervalos para a recuperação (repouso entre os grupos e aparelhos) devem ser ligeiramente ampliados, durante a primeira semana readaptativa.

Período transição- 1 a 4 semanas - Objetiva manter o aluno em treinamento mínimo após longos períodos de treino com o mesmo objetivo, e principalmente quando o rendimento do treinamento da qualidade física visada estabilizar. A presente atitude caso colocada em prática, cria condições de produzir o repouso ativo controlado, afastando o organismo de atingir o strain.

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